2/22/11

Nas Palmas das Mãos de Deus

O filme “O Panaca” (versão brasileira), de Steve Martin, é a história de uma pessoa adotada por uma família que cresce buscando sua identidade. Um dia ela descobre seu nome nas páginas de uma lista telefônica. Então, começa a gritar: “Meu nome está escrito aqui! Eu sou alguém!”

O crente é alguém que já descobriu que é importante não por constar numa lista telefônica, mas porque seu nome está gravado nas mãos de Deus: “Eis que te gravei nas palmas das minhas mãos”. (Is 49.16).

Isaías escreveu estas coisas quando o povo se sentia completamente abandonado por Deus. Os judeus já estavam a 70 anos escravizados na Babilônia. Eles achavam que Deus havia se esquecido deles. Então, o Senhor responde: “Não me esquecerei de Ti. Eis que nas palmas das mãos eu te gravei”. Era como se Deus dissesse: “Preste atenção. Eu estou aqui. Você é importante pra mim e eu nunca o abandonarei”.

Escrever o nome de alguém nas palmas das mãos era algo comum naqueles dias. Os babilônicos tinham o costume de gravar nas palmas das mãos o nome dos deuses que cultuavam. Os escravos, por sua vez, tinham o nome do seu senhor tatuado nas suas mãos. Era para lembrarem a quem pertenciam. Entretanto, o que lemos é algo totalmente contrário: é Deus quem tem o nosso nome gravado em Suas mãos. Deus talhou nosso nome ali para nunca mais ser apagado ou esquecido. Deus não se esquece de você, aconteça o que acontecer. Você não é um João Ninguém. Ao contrário, é alguém importante e amado, pois seu nome está constantemente na mente e no coração de Deus.

Muitas vezes pensamos que ganhamos esta honra pelos nossos méritos e esforços. Mas Jesus falou aos seus discípulos assim: “...não me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós” (Jo 15.16). E lembrar que Davi, no Salmo 8, pergunta: “Que é o homem para que Te lembres dele?” Acontece que, ninguém, a não ser o próprio Deus, pode gravar algo nas mãos dEle. O que impulsionou Deus a isso foi o Seu amor.

Uma vez os discípulos de Jesus saíram de dois a dois pregando o evangelho. Voltaram fascinados porque, sob a autoridade de Jesus, até os demônios se submetiam a eles. Jesus, então, lhes disse que não ficassem alegres somente por isso. Que se alegrassem por terem seus nomes escritos nos céus. Era como se dissesse: só ter os demônios em sujeição é muito pouco. Deus tem dádivas maiores, tem o céu para vocês.

Onde estamos gravados? Nas eternas mãos de Deus. Se estivéssemos gravados numa rocha, um terremoto poderia despedaçá-la. Se estivéssemos gravados num anel, ele poderia ser perdido. Mas a nossa gravação está nas mãos de Deus, onde ficará protegida durante toda a eternidade. Jesus disse algo parecido às suas ovelhas: “E dou-lhes a vida eterna, e jamais perecerão, e ninguém as arrancará da minha mão” (Jo 10.28). Esta é a garantia de que Deus protegerá você na hora da tempestade.

Mas há mais: A gravação está na palma, a parte sensível e protegida da mão, onde Deus pode nos guardar e olhar por nós com freqüência. Estar nas mãos de Deus é estar no lugar mais protegido que existe. Você, crente, é muito mais rico do que imagina. Nos momentos difíceis e na escuridão mais densa, peça ao Senhor para se lembrar desta preciosa promessa: “Eis que nas palmas das minhas mãos eu te gravei”. Deus é fiel e nunca se esquece de você.
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