Fui missionário dos batistas brasileiros, especialmente enviado para trabalhar com vocacionados portugueses para o ministério pastoral. Além de dar aulas, a minha tarefa era passar para os alunos do Seminário que ser chamado para pastorear era um grande privilégio.
A Bíblia diz que “quem deseja o episcopado excelente obra deseja” (1 Tm 3.1-7). Por quais razões?
1° - Porque o padrão de Deus é alto demais.
O padrão divino para o ministro cristão é a irrepreensão. A Bíblia diz assim: “É necessário, portanto, que o bispo seja irrepreensível” (1Tm 3.2a). Deve ser uma pessoa de comportamento imaculado. O pastor deve ser íntegro, sem chagas morais, de quem é difícil falar mal, a não ser quando mal-intencionado. É que o “Seu Patrão” é Santo demais, perfeito demais, e não pode esperar menos de quem fala em Seu nome.
2° - Porque a tarefa é importante demais.
Um médico faz uma cirurgia e a pessoa sobrevive mais alguns anos. Que bênção! Mas, no ministério pastoral, as consequências são eternas. Por exemplo, famílias destroçadas pelo pecado são transformadas, tornam-se unidas, e começam a viver com a certeza de vida eterna. O fruto do trabalho de um pastor é eterno, de sorte que sua tarefa é importante demais.
3° - Porque a dificuldade é grande demais.
O ministério pastoral exige preparo diário, e as vitórias do passado não são garantia de vitórias no presente. O ministro também tem barreiras pessoais para vencer. Ele tem de ajudar os crentes para que eles vençam as suas próprias dificuldades. Além disso, se na igreja o pastor muitas vezes é um herói, lá fora, no mundo é visto como um vilão e louco.
4° - Porque a recompensa é alta demais.
Além da certeza de ter sua vida nas mãos de Deus, em Mateus 19.29, Jesus diz que quem deixa “pai, ou mãe, ou filhos, ou campos , por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna”.