3/29/11

Na Defesa ou No Ataque?

Em 1970, o Brasil foi tricampeão de futebol, no México, com um time que era um verdadeiro Butantã, só cobras de futebol: Gerson, Jairzinho, Pelé, Tostão e Rivelino, entre outros. A equipe jogava pra frente, no ataque. Tomava gols, mas fazia muito mais. E assim foi campeã.

Há equipes de futebol, sobretudo as consideradas pequenas, que jogam na retranca. Jogam pra não perder. Elas não atacam, só se defendem. Colocam quase todos os seus jogadores atrás, dificultando o gol do adversário. Geralmente, o difícil para o oponente é marcar o primeiro gol. Mas, depois que sai o primeiro, geralmente essas equipes são goleadas.

A igreja de Cristo foi escalada por Jesus para viver no ataque. Ela não atua na defesa. Aliás, igreja que atua na retranca não entendeu o que é ser igreja. Se uma igreja não sai das quatro paredes, não testemunha, não ganha almas para Cristo, não prega o evangelho bíblico e não faz missões devia até mudar de nome. Se ela abandona a centralidade das Escrituras, e dilui o evangelho a uma mera mensagem de autoajuda, poderíamos chamá-la de clube, associação ou fraternidade. Por não ter as características de uma igreja bíblica, Jesus não tem compromisso com ela, pois o Senhor não se envolve com infidelidade, nem mesmo com a de um grupo que se diz igreja.

A igreja de Cristo será sempre oposição ao reino das trevas. Jesus fez até uma declaração interessante, que frequentemente é ignorada ou mal-entendida pelo próprio povo de Deus. Ele disse que “as portas do inferno não prevalecerão contra a igreja” (Mt 16.18). Ou seja, uma igreja de Cristo tem uma atuação agressiva contra as obras das trevas. Quando abrimos um ponto de pregação, plantamos uma igreja, pregamos o evangelho, enviamos e sustentamos missionários, nós agimos agressivamente contra as obras das trevas.

A promessa é que as portas do inferno não conseguirão suportar o avanço da igreja fiel a Jesus. Quero chamar a sua atenção para a palavra porta. Você conhece uma porta? Porta não é uma arma de ataque. Porta eu coloco para me defender de quem eu não quero que entre em minha casa sem a minha autorização.

Jesus não disse: “as armas do inferno”, ou “o poderio bélico do inferno”, ou ainda “os mísseis do inferno não prevalecerão contra a minha igreja”. Ele nem mesmo citou as ciladas do inferno, tão decantadas pelo apóstolo Paulo. Jesus falou em porta. Porta aqui é objeto de defesa do inferno. A porta é colocada pelo diabo para se defender de algo que está lhe atacando: a igreja. Isto significa que quando o povo de Deus está orando, pregando a Bíblia, vivendo uma vida de comunhão e de submissão ao Espírito Santo, ela está atacando o reino das trevas. E o Senhor Jesus está comprometido com essa comunidade. Então, não preciso ter medo de Satanás, embora ele não seja fraquinho. Acontece que, se sou de Cristo, vivo em comunhão com Ele, em comunhão com os irmãos, e ando em obediência à sua Palavra, são as portas do inferno que estão com medo.

Quem conhece os evangelhos há de se lembrar das muitas vezes em que Jesus confrontou os poderes das trevas. E, volta e meia, os demônios lhe pediram autorização para alguma ação, ou lhe perguntavam: “Vieste já destruir-nos?

É por isso que lemos na carta do apóstolo Paulo aos Efésios: “para que agora as insondáveis riquezas de Cristo sejam manifestadas, por meio da igreja, aos principados e potestades e poderios nas regiões celestiais. Para que, através da minha igreja, a multiforme sabedoria de Deus se torne conhecida dos principados e potestades” (Ef 3. 8,10).

Então, meu irmão, nada de retranca. Vamos todos ao ataque, pregando o evangelho pelo mundo, pois quem tem de ter medo da ação de uma igreja bíblica e santa são as hostes do mal.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...