4/6/12

"Sim, Eu Amo a Mensagem da Cruz"

Na sua biografia, Billy Graham conta que descobriu que nas suas Cruzadas Evangelísticas toda a vez que pregava sobre a crucificação de Cristo e seu significado havia muito mais pessoas se convertendo do que quando expunha outros temas do evangelho. A partir daí, em todas as suas campanhas, ele reservava um dia para falar sobre a cruz.

John Stott , ex-capelão da Rainha da Inglaterra, e um dos maiores expositores bíblicos do mundo, ficou assustado quando descobriu que por 50 anos nenhum teólogo, professor ou erudito (na verdade, ele usou o termo ”escritor evangélico para livros sérios”) escrevia alguma coisa densa sobre a cruz de Cristo, e seu significado nos evangelhos. Assim, em 1986, ele escreveu o clássico “A Cruz de Cristo”.

Oswald Smith já dizia que “a morte de Jesus é tão essencial para a fé cristã que se você pregar a Bíblia, mas não chegar na cruz, você ainda não pregou o evangelho e, na verdade, você está traindo o evangelho.”


A cruz é o centro da nossa fé, por isso o símbolo universal da fé cristã não é a manjedoura, mas a cruz. Os cristãos evangélicos creem que, em Cristo e através do Cristo crucificado, Deus substituiu a Si mesmo por nós e levou os nossos pecados, morrendo em nosso lugar a morte que merecíamos morrer, a fim de que pudéssemos ser restaurados em Seu favor e adotados na Sua família.

Quando o Senhor ressurreto encontrou dois discípulos caminhando em direção a Emaús, tristes e abatidos com a Sua crucificação, começou a lhes relembrar os pontos das Escrituras Sagradas que falavam da necessidade dEle tomar a cruz. Aquilo aqueceu e confortou seus corações, a ponto de eles terem nova disposição para retornar a Jerusalém, anunciando a Sua ressurreição. Assim, o apóstolo Paulo, embora fosse um intelectual, chegou a Corinto jogando fora toda a sua cultura. Então, ele disse: “A cruz é loucura para os judeus e escândalo para os gentios, mas quando estive com vocês, eu não fui com palavras de ostentação e de sabedoria, porque eu não queria que nada impedisse a mensagem do evangelho. Então eu falei pra vocês da cruz, porque eu quero que a entendam.”

Curiosamente, a nossa sociedade faz de tudo para que a mensagem da cruz seja esquecida num canto. Então, hoje, mais importante que a cruz são os ovos de chocolate. Mais importante que a cruz é o coelhinho. Mais importante que a cruz é não comer carne na sexta-feira, já que, nesse dia, o lobby da indústria de pescado é muito forte no Brasil. Em Portugal, um país extremamente católico, desconhece-se esta prática na Páscoa. E mais importante que a cruz é sair, de folga, para passear no feriadão.

Ver incrédulos marginalizando a cruz não surpreende. Mas, hoje, igrejas ditas cristãs colocaram a mensagem da cruz de lado. Até trocaram a cruz pela pomba, símbolo de poder nas hostes evangélicas. E os seus assuntos são milagres, curas, correntes, descarregos e libertação. Em nossa igreja, havia um irmão que durante muito tempo foi locutor de uma rádio do maior grupo neopentecostal do País. Ele era monitorado e proibido de citar versículos bíblicos que falassem da cruz de Cristo.Também era severamente constrangido a não abordar a crucificação.

Mas, como nos ensina o Novo Testamento, na cruz “Deus estava reconciliando consigo mesmo o mundo” em Cristo. Por isso, nesta semana em que se relembra o sacrifício de Cristo por nós, queremos dizer como Paulo: “longe esteja de mim gloriar-me, senão na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo.” Ou como diz o autor sacro:

“Sim, eu amo a mensagem da cruz; suas bênçãos eu vou proclamar.
Levarei eu também minha cruz, até por uma coroa a trocar.”
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